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Meu pet tentou avançar e morder meu filho – e agora?

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Tempo de leitura: 3 minutos

Em condições extremas como essa, é imprescindível a ajuda de um adestrador para corrigir o comportamento do animal.

Quem tem cachorro e criança em casa pode presenciar certos conflitos entre os dois, seja por provocação, ou porque o animal tentou avançar ou morder.

É importante ensinar a criança e o animal a respeitarem o espaço um do outro. Além disso, é necessário mostrar ao pequeno como encostar no animal para ele não se assustar.

Já com o pet, é essencial não deixá-lo dar mordidinhas de brincadeira, pois ele pode entender que esse comportamento é positivo. Por isso, introduzir mordedores e brinquedos desde cedo é o ideal.

Contudo, outros fatores podem desencadear esse comportamento indesejado no cão, como:

  • Posse do dono e ciúmes;
  • medo ou dor;
  • brincadeiras em que ele se sinta acuado.

E se o problema for gerado entre a criança e um cão adulto adotado há pouco tempo?

Nesse caso, é preciso avaliar a motivação desse conflito. Mas em casos extremos, é necessário a ajuda de um profissional para não pôr a vida da criança em risco.

Atenção: bater em um animal configura maus-tratos. Punição não ensina, somente incentiva a agressividade e o medo.

Trabalhar a obediência e o autocontrole do cachorro é fundamental. Aconselho que o manejo seja feito com supervisão, na coleira e com focinheira. Deve-se trabalhar muito a questão do espaço, privação de liberdade e condicionamento alimentar.”, disse a adestradora de cães, Letícia Faria Garcia.

Ela explicou que os cães são movidos pela caça. Quando uma criança corre e se movimenta muito, pode ativar o instinto de caçador do animal.

“Em um primeiro momento, pode até ser uma brincadeira. Mas também pode acontecer o seguinte caso: o cachorro corre atrás da criança e a empurra. A criança cai no chão, chora e bate no cachorro. Isso pode iniciar e reforçar uma agressividade e reatividade.

Abandonar um cão com comportamento agressivo só trará mais problemas!

De acordo com Letícia, quem abandona não encontra uma solução, só passa o problema adiante. “Na rua, ele aprenderá a se defender mordendo. Em casa, o cão que já mordeu uma vez, entende que ele consegue solucionar os problemas mordendo. E isso só tende a piorar”, alertou.

A primeira opção é conseguir ajuda com um profissional. Contudo, caso o tutor opte por doar o cão para outra família, a adestradora indica explicar a situação, para que essa outra família não mantenha o padrão de manejo, senão a situação poderá piorar.

“Já em uma ONG, ele pode entrar em conflito com outros cães, ser mordido e reagir. Isso também pode reforçar esse comportamento”

Segundo a adestradora, há várias questões que também precisam ser avaliadas, como:

  • o cão é agressivo em que momento?
  • ele tem posse de recurso ou em caça? (quando a criança está em movimento)
  • age por defesa? Sente medo de crianças?
  • tem traumas? Não tolera crianças por algum motivo?

Como o adestramento deve ser feito?

Segundo Letícia, tudo depende da situação, do porte do cachorro, da raça e do nível de agressividade. Para ela, alguns casos precisam ser resolvidos no canil, pois o cão sente mais segurança para fazer o que quer quando está dentro de casa.

bluegame/iStock by Getty Images

“Às vezes, é necessário tomar medidas mais drásticas em relação ao cão e deixar ambos mais seguros”, explicou. “Inicialmente, não apresentamos o estímulo – que é a criança. Geramos uma obediência grande, apresentamos outros estímulos que também podem gerar intolerância, para no final entrar com a criança.

Também dá para adestrar em casa, mas se for um Pitbull com posse de recurso (por um brinquedo, alimento, tutor, etc), por exemplo, é perigoso para a criança. Contudo, se for um Chihuahua, dá para fazer. Por isso, depende muito de cada situação”, falou.

Tem criança em casa? Reflita antes de adotar ou comprar um animal!

A adoção responsável consiste em fazer escolhas pensando no bem-estar e na qualidade de vida do animal, além de se prevenir sobre futuros transtornos.

Para a adestradora, é essencial ter muita cautela com essa convivência. “Quando se trata de crianças, eu acho mais prudente comprar ou adotar um cão adulto e saber o histórico dele com crianças.

Acho mais ponderado, por exemplo, adotar o pet de alguém que esteja precisando doar por algum motivo. Assim, fica mais fácil saber como esse cão é com crianças”, concluiu.

Crédito capa: evstratenkoyuliya/Envato Elements

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