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Cuidados com o totó em dias de chuva

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Tempo de leitura: 3 minutos

Em algumas estações do ano é bem comum ter altos picos de chuvas em várias regiões do Brasil, mas o que muitos tutores não sabem é que uma simples caminhada com o cachorro na chuva, sem tomar alguns devidos cuidados, pode virar uma dor de cabeça depois.

Conversamos com a médica veterinária, Hellen Romano Destro, sobre os cuidados que os tutores devem ter após um passeio com seu pet em um dia chuvoso.

Segundo Hellen, ao chegar em casa, o ideal é secar todo o cachorro, pois a umidade pode predispor dermatites, problema que pode aparecer caso o pelo do cãozinho permaneça úmido por muito tempo.

“A higienização é importante, principalmente para cachorros que tem acesso a cama do tutor, o sofá. A higienização pode ser realizada com o auxílio de algum “paninho” destinado para tal. Podem ser utilizadas água e antisséptico próprio.”, disse.

A principal atitude do tutor é secar bem o animal. “Os cães podem ter fungos na pele, se não houver a “secagem” adequada da pelagem e da pele, e principalmente em animais imunodeprimidos.”, explicou.

Outro problema que pode surgir é nas articulações de cães que já predispõem do problema, pois o corpo úmido e o dia com baixa temperatura, pode ocasionar ainda mais dor em suas junções dos ossos.

“As dores articulares pioram em época de frio e de umidade em animais com artrite/artrose. Pacientes que tem patologias articulares devem tomar suplementos para evitar as dores, alguns tem indicação para acupuntura, o mais importante é um controle veterinário.”.

Para os tutores que ficam com receio do cachorro ter uma hipotermia (queda de temperatura) ou uma gripe, com os cuidados certos, o risco diminui bem.

“Normalmente os cães tem um “sistema” de compensação da temperatura corpórea frente à temperatura ambiental. Porém, idosos, filhotes e imunossuprimidos podem ter um déficit.

E também alguns cães, com baixa gordura corpórea e de pelos curtos. Existem capas de chuva específicas, a secagem do cachorro após o passeio, evitando dessa forma que fiquem úmidos, e em casos específicos evitar a saída do animal para ambientes de baixa temperatura.”, falou Hellen.

As capas de chuva e sapatinhos são bons aliados, principalmente para os totós que estão acostumados a passear com frequência nas ruas para fazer suas necessidades. Equipados com esses adereços no corpinho, o cachorro estará mais protegido da chuva e de futuros problemas.

Caso você e o totó peguem chuva no meio do caminho, não precisamente ele pegará alguma doença, mas assim como nós podemos pegar uma gripe ao ficar com o corpo molhado em contato com o vento na rua, o mesmo pode acontecer com eles, ainda mais por sua fragilidade.

“Normalmente, os cachorros podem contrair pododermatites (doença dermatológica), fungos, por ficarem com as patas úmidas ou devido uso de produtos inadequados para a higienização de caninos.

Caso vocês estejam na rua após a chuva, redobre a atenção por onde passarem, pois, o totó ingerir água parada pode se tornar um grande problema. Leve sempre com você um bebedouro portátil em todos os passeios para ele matar a sede na hora que quiser com água limpinha.

‘Há maior risco de contaminação pela Giardia (parasita presente em águas e alimentos contaminados, que causa sintomas como diarreia), se o cachorro ingerir água contaminada durante o passeio.

Se o cachorro tiver alguma lesão e houver urina de rato contaminada, pode haver contaminação por leptospirose (doença transmitida ao cachorro ter contato a urina contaminada principalmente de ratos)”, alertou a veterinária.

Antes de sair com o cachorro ou permitir que ele tome chuva, o totó deve estar devidamente vacinado e prevenido de possíveis doenças.

“A vacina V8/V10 (o cachorro deve tomar ainda filhote) é muito importante para todos os cachorros, principalmente aos que tem acessos à rua, independentemente de estar chovendo ou úmido.

Estas vacinas protegem para doenças importantes, entre elas cinomose (doença canina contagiosa) e parvovirose (vírus canino que afeta principalmente os filhotes) e também a leptospirose, que esta sim pode ser contraída com maior risco em épocas de chuvas. O reforço da vacina de leptospirose deve ser reforçada a cada 6 meses.

Existe a vacina para Giardíase também, porém há controvérsias sobre a eficácia da proteção contra a contaminação e alguns estudos relatam, somente a diminuição dos sinais clínicos, em caso de contaminação.”, concluiu doutora Hellen.

Em casa, depois de secá-lo bem, o ideal é que ele fique em um ambiente seco e não exposto tanto ao vento e a umidade. Se a ração e a água ficarem em um lugar aberto, coloque elas em um local que não tenha contato com a chuva, ou troque por novas porções. Não se esqueça que o importante é cuidar da saúde do seu bichinho em primeiro lugar.

Se você souber que tem disponível um potinho de água para cães de rua perto de você, troque se possível por uma água limpa. Se tiver conhecimento de cães e abrigos perto da sua casa, também é importante avisá-los sobre o totó, se possível, para que ele tenha um lugar temporário, evitando que sofra ainda mais em dias de tempestade. Pequenas atitudes fazem toda a diferença na vida deles.

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