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Sem bronca! Saiba como corrigir o comportamento do seu totó

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Tempo de leitura: 4 minutos

Algumas vezes os cachorros têm um comportamento fora do habitual, levando os tutores a chamar a atenção do pet de vários jeitos, como alterar a voz, e mesmo assim não ter nenhum resultado positivo.

Segundo o adestrador da Corsaluuce DogsPlay, Luiz Roberto Gisondi, essa não é a forma correta de corrigir os totós. Ele acredita que o dito “ajuste de comportamento” é a forma mais eficaz de o pet aprender o correto.

“Quando o cachorro desenvolve um comportamento que não desejamos, trabalhamos em uma forma de corrigi-lo para tentarmos eliminar esses modos. Tentamos alterar, transformar ou inserir um novo comportamento que seja mais adequado àquilo que desejamos”, explicou Luiz.

“A bronca é uma imposição de postura, tonalidade de voz, olhar, de firmeza e até, dependendo do caso e sabemos que existe, algo que possa ser mais agressivo, como um tapa. Não concordamos com esse tipo de ação.

Tem até mesmo profissionais que usam técnicas de jogar sprayzinho de água ou algo que faça barulho próximo ao cachorro para que ele se assuste. Acreditamos que isso não seja efetivo para o trabalho de mudança de comportamento”, afirmou.

Atitudes como gritos e empurrões são tipos de agressão que podem gerar medo, estresse e ansiedade no seu bichinho. Ele não vai entender o porquê está passando por aquilo, além de piorar ainda mais a situação.

“Acreditamos que o que funciona e temos resultado é usar uma simples técnica: se fez errado, simplesmente você não cria um processo interativo com o cão. Faça uma demonstração corporal e visual de que aquilo é indesejado. E quando ele fizer o comportamento oposto, que é o que você deseja, faça o processo interativo, com amor, agrado e atenção. Acreditamos que dessa forma será sensivelmente mais eficaz”, disse.

Luiz afirma que o momento certo de corrigir o pet é muito particular de cada tutor, pois é quando o dono acredita que aquela atitude não é adequada para a convivência com o cachorro dentro do lar.

Muitas pessoas repreendem o bichinho na hora errada ou por algo que sempre o permitiu fazer, como subir na cama, por exemplo. Isso deixará o cãozinho confuso, sem entender o porquê de ele estar sendo repreendido e é muito provável que ele faça novamente, pois não foi ensinado na hora exata que é errado fazer aquilo. Agora, se ele aprender o correto, o tutor também deve mostrar o quanto ficou feliz.

“Sempre devemos recompensá-lo quando ele aprende o que é certo. A questão da recompensa tem que ser avaliada, a forma e em qual momento de fazê-la. Sempre que o cachorro fizer algo certo, tem que existir esse momento de troca para você demonstrar que está satisfeita e feliz com o comportamento e a ação do cachorro.

Um olhar com mais afeto, ele entende que aquilo é uma troca de afeto, um olhar mais firme, forte e severo, ele entende que aquele é um olhar de desagrado, que aquela situação não está agradando a nós. Eles sabem associar os padrões de comportamento humano”, disse o adestrador.

“Muitos cães têm muitas atitudes simplesmente para criar o processo interativo. Ele sabe que se utilizar um comportamento ‘x’ – que ele não sabe avaliar se é certo ou errado, mas dentro do nosso conceito é um comportamento errado – ele busca aquilo para dar o start na interatividade e aí pronto, ele tem atenção e faz com que paremos o que estamos fazendo para dar atenção.

Se o cachorro está buscando isso como processo interativo é porque está tendo uma falha na relação cotidiana desse grupo social, dentro de casa. Então precisa de algum ajuste de rotina, alguma necessidade do cão não está sendo suprida”, alertou.

Desde 2004, Luiz trabalha com atividades para cães, como adestramento, educação, recreação e esportes. Apesar de trabalhar com o ajuste de comportamento, ele afirma que, em algumas situações, as medidas têm de ser um pouco diferentes.

“Obviamente sabemos que tem alguns momentos em que não é possível. Quando o cachorro está te mordendo, por exemplo, ou pegou algo que possa ser perigoso para a própria saúde dele, você tem que resolver aquela situação de imediato.

Se o cachorro está mordendo o seu braço, seu calcanhar, puxando sua roupa, ou ele pegou uma faca, tesoura, não tem como você ignorar. Aí atuamos de uma forma um pouquinho diferente para tentar fazer o cachorro entender que ele não deve fazer aquilo.

Devemos tentar buscar o foco do cachorro para tentarmos tirar ele e nós mesmos da situação de risco e, a partir disso, tomar os cuidados necessários para que ela não se repita.

Se for o caso de mordida, temos que criar um processo de treinamento em que vamos direcionar o cachorro para ele entender que não precisa fazer aquilo. A ajuda de um profissional que tenha um feeling de saber como atuar é o mais indicado para ajudar as pessoas que estão com dificuldade com isso”, explicou Luiz.

De acordo com o adestrador, a única palavra que é efetiva e deve ser instalada para esse processo é o “NÃO”.

O “não”, conceitualmente dentro do que trabalhamos, também funciona como um tipo de comando, ele tem que ser associado. O cachorro tem que entender o que significa o “não”, porque se não entender, não terá efeito.

O nome do cão, por exemplo. Quando repetimos várias vezes o nome em diversas circunstâncias, o cachorro compreende que cada vez que você repete aquela palavra é com ele que você está se referindo.

“Você tem que criar um processo para que ele entenda a representatividade daquela palavra e aí ele tenha a ação que desejamos quando falamos “não”. É a única palavra que usamos para um processo corretivo, de ajuste de comportamento, mas ele também tem que ser treinado”, concluiu Luiz.

O totó precisa ser educado, independentemente do caso, até entender que a atitude é errada perante a visão do tutor. Se tiver mais pessoas em casa, todos devem seguir a mesma conduta, pois se cada um agir de uma maneira, ele poderá ficar confuso sobre o que é certo e o que não é. Consulte um adestrador e veja mais métodos para aplicar dentro de casa com o totó. A agressão nunca é uma forma de educar!

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