Todos os pets geram custos a vida inteira, mas a despesa vária de acordo com a raça, idade e saúde do animal.
Um dos motivos que gera abandono ou desistência da guarda é o alto custo ao longo da vida de um cão.
Tanto o vira-lata, quanto os cães de raça, precisam de atenção especial quando o assunto é saúde.
Por isso, antes da adoção ou compra de um animal é necessário pesquisar sobre a característica do pet, o nível de energia, predisposição a certas doenças e cuidados específicos.
Tudo isso pode afetar posteriormente a convivência com o animal. Assim, ao obter essas informações antes da adoção, o tutor pode tomar uma decisão mais consciente sobre a adoção.
Devido ao descuido, muitos cães ficam irreconhecíveis tamanha a negligência do tutor com a saúde e higiene do cão. Outros, são abandonados por gerarem custos não previstos.
Caso real
A Especialista em Controladoria, Ana Luisa Antunes, por exemplo, teve gastos altíssimos com sua pug, Nina, de 7 anos.
Com dois meses, a cadelinha veio cheia de energia e saúde. Contudo, após completar seis meses de vida, começou a ter falhas na pelagem e muita coceira.
“Remédios, shampoos antialérgicos, exames. Foi um custo bem alto, de aproximadamente R$1.000 reais”.
Por isso, Ana Luisa optou por pagar um convênio que cobrisse as consultas e exames básicos. Contudo, foi surpreendida pouco tempo depois.
“Após quase 1 ano e meio tosando a Nina e a levando no veterinário por apresentar novamente muita coceira e falha no pelo, foi detectada uma alergia à lâmina da máquina. Fiquei desesperada”.
Depois do tratamento, Nina ficou ótima. Mas em 2018, começou a mancar do nada. Um especialista detectou um desvio na patela grau 2. Ou seja, o caso era cirúrgico.
Dessa vez, Ana Luisa gastou R$6.500 reais com a cirurgia + R$1.600 de sessões de fisioterapia e remédios.
“Respirei fundo e só perguntei: parcela em quantas vezes? A cirurgia e o pós-operatório foram um sucesso. A Nina se recuperou super bem e nunca mais mancou.”
Em 2021, Ana Luisa foi pega de surpresa com o surgimento de uma infecção urinária e lama na vesícula na pug. E assim, vieram mais gastos com o tratamento.
Responsabilidade antes de adotar
“Eu não tinha ideia de como era ter um cachorro. Pra mim, era apenas ração, água e um lar! (risos). Mas os pets ficam doentes, precisam do cuidado e carinho de seus tutores.
Eu amo a Nina, aprendi muito com ela. Faço e farei de tudo para mantê-la com saúde e disposição. Jamais pensei em abandoná-la. Claro que os gastos foram absurdos, mas sempre tive consciência que a partir do momento que tivesse um cãozinho, eu seria responsável por tudo.
Por isso, minha mensagem para quem pensa em ter um bichinho é: seja consciente. É uma responsabilidade cuidar de um ser indefeso até o final de sua vida!“
Como evitar futuros transtornos com o pet?
Infelizmente, não há como evitar que um cão fique doente, mas há diversas medidas a se tomar para reduzir o risco.
Levar o animal ao veterinário regularmente, por exemplo, pode ajudar a detectar as doenças e tratar precocemente. Veja a seguir como prevenir:
- Oferecer uma boa alimentação: todos os cães precisam de uma dieta equilibrada para ter qualidade de vida. Uma dieta com deficiência nutricional pode causar problemas de saúde, como falta de energia, perda de peso, problemas de pele e cardíacos, queda de pelos, etc.
- Levar em consultas periódicas: além da castração e vacinação em dia (para prevenir contra graves doenças), é importante monitorar a saúde do animal para prolongar a expectativa de vida.
- Manter a higiene: não cuidar da higiene do animal pode prejudicar a saúde do pet e de quem convive com ele. Além disso, facilita o surgimento de infecções, parasitas e contaminações.
- Introduzir enriquecimento ambiental: essencial para a saúde física e mental dos cães, há diversas opções de brinquedos e atividades para introduzir em casa e desenvolver o lado cognitivo do animal.
Por isso, antes de adotar ou comprar um cão, é necessário planejamento. Cuidar de um pet é uma responsabilidade que requer tempo, dedicação e condição financeira.
Não proporcionar qualidade de vida pode resultar em sofrimento ao animal e negar assistência médica ou sujeitá-lo a situações precárias é considerado maus-tratos.
Foto capa: Kzenon / Canva
