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Alerta! Os protetores independentes precisam de ajuda

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Tempo de leitura: 3 minutos

Protetora faz alerta sobre o impacto do abandono e conscientização a adoção de animais 

O trabalho dos protetores independentes é um dos mais nobres na causa animal. Muitos acreditam que eles têm a obrigação em resgatar, cuidar, providenciar os cuidados básicos para o animal, o que é um grande equívoco.

Os protetores ajudam os cachorros abandonados ou maltratados por agressores e pessoas irresponsáveis. Atualmente, há 20 milhões de cachorros abandonados no Brasil.

Alguns têm um suporte maior do que outros, mas a grande maioria abriga os animais e contam com a ajuda de terceiros para prover o que o cão precisa até ser adotado.

Os animais acolhidos, normalmente, estão em situação precária, debilitados, com fome, machucados. Os gastos são custeados por eles mesmos, ou através de doações e vaquinhas.

O que os protetores independentes fazem é o trabalho que as pessoas e autoridades públicas deveriam fazer. Proceder com responsabilidade e garantir o direito dos animais.

Eles também tentam agir através da educação e conscientização, que é o meio que nós, do Totós da Teté, acreditamos ser o caminho e modo que pode sensibilizar e mover mais pessoas.

Portanto, ao abandonar um cão, a pessoa impacta diretamente no trabalho deles e de instituições, que fazem de tudo para ajudar um cão descartado.

Dificuldades de quem atua em prol dos cães

Conversamos com a advogada processualista e protetora de animais, Maria Ligia Ueno, sobre as maiores dificuldades do trabalho dos protetores independentes.

Totós da Teté – Em um cenário ideal, como você conseguiria ajudar os cães? Através de qual apoio?

Em um cenário ideal, o poder público faria sua parte por meio de campanhas de castração, fiscalização de maus tratos e criadores clandestinos. As pessoas também seriam mais conscientes e não comprariam animais, mas os adotariam de forma não impulsiva, cumprindo com suas responsabilidades inerentes à guarda de um ser vivo.

Em um cenário ideal para ajudar mais cães, o poder público deveria ser mais ativo, promover mais campanhas de adoção, de castração, um setor de resgate para animais em risco e uma polícia mais efetiva no combate aos maus-tratos.

Totós da Teté – Atualmente, há dificuldade em manter os cães resgatados?

Eu acredito que seriam duas dificuldades. A primeira de todas é financeira. Resgatar um animal dá trabalho, exige muito custo, eles chegam doentes e precisam de muito esforço para resistirem a toda maldade que suportaram.

A segunda é espaço e vizinhança. Animais precisam de espaço adequado a quantidade, porte, e muitos vizinhos não são muito compreensivos, porque animais fazem barulho, tem cheiro, é complicado.

Impacto e responsabilidade

Totós da Teté – Qual impacto a pessoa gera no seu trabalho ao abandonar um cão? Quando você não tem condições de recebê-lo, encaminha para outro lugar?

É um grande impacto. Dispondo muito recurso financeiro que deveria ser dos cães que já eram meus para o novo integrante da família, muitas vezes deixo de trabalhar porque os cuidados iniciais são intensivos.

Eu resgato cães na maior parte do tempo e infelizmente, eles também vêm traumatizados demais. É preciso ter muita paciência até o animal entender que não será mais maltratado.

Infelizmente, todos nós estamos lotados, não existe lugar para encaminhar. Eu não trato animais como coisas, ou ele sai da minha casa para ir viver bem ou não sai. É um valor pessoal que inclusive falo para possíveis candidatos a adoção, não tiro um cão da rua para outro jogá-lo na rua depois.

Totós da Teté – Que mensagem você diria para as pessoas como alerta sobre a importância da castração e conscientização a respeito do abandono de cães?

Precisamos cortar esse péssimo hábito, assumir a responsabilidade e o controle de nossas vidas. Entender que nossas ações têm consequências sobre outros seres vivos e por isso, precisamos pensar antes de agir, no caso, castrar antes de nascer uma ninhada não desejada e que não cabe no orçamento ou no quintal.

Como ajudar o trabalho de um protetor independente?

Primeiramente, quem tem condições de contribuir com os protetores, pode ajudar através de doações (alimento, medicamento) e campanhas (compartilhando o trabalho, ajudando a encontrar um lar para o cão).

Contudo, a verdadeira ajuda que contribui fortemente na vida de um cão é castrar o animal e não o abandonar, independente da dificuldade. Abandonar um cão, seja doente ou saudável, é cruel e um ato criminoso. Assim, é preciso conscientizar as pessoas a respeito do abandono e do impacto que isso gera.

 

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