Com o avanço da idade, os cães passam por mudanças e exigem mais tempo e cuidado do tutor.
Ao adotar um pet, é comum vivenciar o presente e aproveitar cada momento com o filhote, mas não se planejar a longo prazo, pode prejudicar a convivência futuramente.
Uma das maiores causas do abandono é adotar por impulso. Em muitas circunstâncias, o tutor percebe depois que não pode pagar o veterinário ou não tem tempo de educar o animal, e o abandona.
Mas como prever intercorrências nos próximos 12 anos? Infelizmente, não tem como. Porém, quando os problemas surgem, quem tem um planejamento consegue lidar melhor.
E como se planejar?
O primeiro passo é refletir: quais são os meus planos para os próximos 10 anos? Onde eu quero estar?
Ao responder essas perguntas, você verá se é viável ou não ter um cão nesse momento. Quem mora sozinho e decide adotar, por exemplo, mas também planeja morar em vários lugares daqui alguns anos, terá um empecilho pela frente.
É possível viajar e se mudar com um cão, mas pode ser estressante para o animal. Por isso, planejamento é essencial.
Além disso, considerar os seus hábitos do dia a dia, e inserir uma rotina na vida do cachorro desde filhote, pode fazer muita diferença. Defina horários para o pet:
- comer;
- passear todos os dias;
- brincar;
- dormir e descansar.
Se o cão tiver uma rotina, as chances de ele desenvolver estresse e ansiedade serão bem menores. Assim, além de promover qualidade de vida para o bichinho, você terá um totó mais tranquilo e feliz em casa.
O segundo passo é considerar sua disponibilidade
Quem sai às 6 horas da manhã para trabalhar e volta 00h00, pode ter um cachorro? Pode. Será saudável para ele? Com certeza não.
Todo cão precisa de supervisão e atenção. Com o tutor fora o dia inteiro – todos os dias – as chances do animal desenvolver um comportamento destrutivo são grandes.
Assim como as chances de ele destruir objetos da casa e se machucar, também são enormes. No lado psicológico, muitos cães desenvolvem ansiedade de separação.
Quer dizer que o cachorro nunca pode ficar sozinho? Claro que pode! O ideal, é acostumá-lo desde filhote e mostrar que pode confiar em você.
Deixe o pet por alguns minutos e vá a cada dia aumentando esse tempo. Contudo, nunca o deixe sozinho e com tempo ocioso:
- coloque ração fresca e água limpa todas as vezes que precisar sair;
- deixe brinquedos interativos para ele se distrair – enriquecimento ambiental é muito importante para amenizar a ansiedade do animal.
O terceiro passo é analisar sua condição financeira
Ter uma renda guardada pode ajudar a enfrentar alguns apertos. Quem deseja ter um pet, mas não tem condições de custear vacinação, castração, check-ups e outras necessidades de saúde, é melhor não adotar.
Apesar de todo animal ter direito a saúde, muitos veterinários recebem pedidos para fazer eutanásia no cão, devido a falta de recursos do tutor. É importante frisar que a eutanásia só deve ser feita quando o profissional validar que não há mais cura para a doença e o animal estiver sofrendo muito.
Por isso, a visita anual ao veterinário é fundamental, pois pode prevenir contra diversas doenças. Negar assistência a um cão doente é considerado maus-tratos.
Assim como um filho, adotar um cão exige planejamento. Tenha certeza de que poderá cuidar dessa “eterna criança” por muitos anos, sem jamais cogitar no abandono.
Até a próxima,
Teté.
Crédito / capa: NomadSoul1/Envato Elements