Segundo um estudo, o comportamento destrutivo do cachorro é uma desculpa muito usada pelos tutores para abandonar
Se cada vez mais falamos sobre família multiespécie, composta por humanos e seus bichos de estimação, o abandono também acompanha essa linha crescente.
Dessa forma, com cerca de 20 milhões de cães abandonados somente no Brasil, é cada vez mais necessário conscientizar a população em relação ao descarte de animais.
Muitos tutores optam por abandonar seus totós sem pensar em uma resolução ou sequer manifestar qualquer sentimento pelo futuro que aquele cachorro terá.
Mas quais são as principais causas do abandono?
Devido à falta de espaço em casa, mudanças, falta de informação sobre as responsabilidades e custos gerados pela guarda dos pets, muitos pets estão nas ruas.
Por conta disso, é essencial pesquisar antes de tomar a decisão de adotar uma vida. Muitas adoções e compras são feitas no impulso, sem pensar no futuro do cachorro. Questões como ter que passear com o totó todos os dias, brincar, alimentar, higienizar, são ignoradas. Antes de mais nada, é preciso se certificar que tem condições de cuidar.
Posteriormente a rotina começar, o arrependimento vem junto com a decisão de que o melhor a fazer é abandonar. Uma estatística apresentada na revista veterinária, Journal of Applied Animal Welfare Science, mostrou que a pessoa abandona porque o cão é:
- 20,7% Destrutivo dentro de casa
- 18,5% Suja a casa
- 12,6% Destrutivo fora de casa
- 12,1% Agressivo com as pessoas
- 11,6% Tem vício de fugir de casa
- 11,4% Ativo demais
- 10,9% Requer muita atenção
- 10,7% Late ou uiva muito
- 9,7 % Morde
- 9,0% Desobediente
Qual é a melhor solução?
Eu e a equipe do Totós da Teté, acreditamos que o melhor meio de erradicar o abandono é atuar dentro da causa raiz. Ou seja, conscientizar a pessoa que não sabe como melhorar o comportamento do cão e direcioná-la para que ela tenha uma boa relação com o pet, é o caminho ideal.
O cachorro tem um comportamento destrutivo dentro de casa, por exemplo? Mostrar como solucionar esse problema de um jeito simples através de dicas e orientações de profissionais, pode impedir que o animal fique sem um lar, pois o tutor saberá como agir.
Contudo, o pet precisa de um tutor dedicado e com tempo para ensiná-lo. Brigar não ajuda, mas ensinar através de comandos que visam o bem-estar do animal, por exemplo, pode trazer resultados surpreendentes. O comportamento canino é um espelho do tutor e da rotina que ele vive.
Então, para podermos diminuir o número de cães abandonados, é preciso agir diretamente nas motivações dos tutores. Quando entenderem que o cão é um animal com necessidades e sentimentos, pensarão em como solucionar os problemas sem criar mais um.
