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Prevenção contra Leishmaniose: saiba como proteger seu pet

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Tempo de leitura: 4 minutos

A doença é zoonose e sem cura, com tratamento para o resto da vida. Por esse motivo, muitos cães são abandonados.

A campanha “Agosto verde” é um alerta importante sobre a leishmaniose canina, doença que coloca em risco a vida de muitos cães.

Segundo o “Manual de Vigilância da Leishmaniose”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a considera como uma das seis mais importantes doenças infecciosas.

Por não ter cura, muitos tutores preferem abandonar seus pets do que se dedicar ao tratamento para o resto da vida, além de custear os gastos médicos.

Foto: Sayan_Moongklang

Em entrevista ao Totós da Teté, o médico veterinário Christian Landgraf, explicou sobre os sintomas da doença e a forma de contaminação.

“Os sintomas são vastos e variam de acordo com a reação imunitária de cada cachorro. A doença pode incubar de três meses a sete anos após a inoculação.”, explicou.

“Temos a leishmaniose cutânea e a visceral. A cutânea normalmente aparece primeiro, com caspas grossas, descamação sem prurido, dermatite seca ou seborreica.

Pode haver outros sintomas, como: feridas que levam a queda da ponta das orelhas e do nariz; nódulos nas orelhas, cotovelos e pescoço; queda de pelo ao redor dos olhos que chamamos vulgarmente de “óculos”. As feridas dificilmente cicatrizam pois pode haver parasitas presentes nela.” falou.

E os sintomas da leishmaniose visceral?

O veterinário explicou que ao avançar para a leishmaniose visceral, os primeiros sintomas são: falta de apetite, letargia, apatia, perda de peso progressiva, vômito e intolerância a exercícios.

“Posteriormente, progride para edemas nos membros, tosse, espirros, diarreia, hemorragias nasais, melena (diarreia com sangue), conjuntivite purulenta, queratite na córnea levando à cegueira, meningites, encefalites, paralisias do terço posterior que pode se estender cranialmente até o pescoço.

Na fase final, também há insuficiência renal e hepática. A doença torna-se muito dolorosa e não responde à medicação.”, disse.

Por ser uma doença zoonose (transmissível aos seres humanos) com risco de contaminação, muitos animais antigamente eram sacrificados. Mas agora, mesmo sem cura, há tratamentos com resultados positivos.

Foto: sanjagrujic

O tratamento tem duas fases: na primeira, durante um mês, com um medicamento que retira o parasita do sangue circulante do animal. Ao fazer essa limpeza, o animal deixa de transmitir a doença e passa a ser um animal infectado, mas não infectante”, informou o veterinário.

“A doença não tem cura, então o animal permanece com cistos em alguns órgãos como baço, fígado, medula óssea e linfonodos. Posteriormente, passamos para a fase de manutenção, onde o animal é medicado diariamente para o resto da vida, para que a doença não volte à forma infectante”.

Christian explicou que periodicamente o animal deve fazer exames, pois a doença pode ser recidivante e o cão pode precisar voltar à primeira forma de tratamento.

Atenção tutor: saiba as formas de contaminação

Fique atento às principais áreas de contaminação. Segundo o veterinário, há lugares mais propensos.

Os locais perto de águas são os mais preocupantes, pois a forma de infecção é através da picada de um mosquito chamado flebótomo, ou vulgarmente chamado de mosquito palha, que vive em água parada”, falou.

“Portanto, os lagos, rios, riachos, represas e praias são os lugares preferenciais para o mosquito. Se falamos de áreas do corpo, o mosquito prefere regiões com pouco pelo, de mais fácil acesso, portanto barriga, parte interna das orelhas e nariz são onde o mosquito pica com mais facilidade”, explicou.

Mas afinal, como os totós podem contrair a doença? “A forma principal de transmissão é através da inoculação da forma infectante do parasita através da picada do mosquito. Ou, seja, um mosquito infectado picar o cachorro.”, explicou.

O veterinário também informou que existem outras formas menos comuns da leishmaniose canina:

  • a mãe pode transmitir para os filhotes ainda no período de gestação através da placenta;
  • na forma venérea, o macho transmitir no ato sexual através do esperma, podendo contaminar a mãe e a futura ninhada;
  • através de uma transfusão de sangue contaminada;
  • já via cutânea, através do contato direto com feridas abertas com a presença do parasita.

A vacina é o método mais eficaz de prevenção

A primeira vacina é aplicada com três doses: uma dose e dois reforços separados, a cada vinte um dias. A partir do primeiro ano o reforço é com uma dose anual.

Foto: Canva

“Existem outras tentativas para prevenir o contágio através de medicamentos antiparasitários, como coleiras e líquidos que repelem o mosquito, mas não tem 100% de eficácia”, concluiu Christian Landgraf.

Se o cachorro estiver em tratamento, é necessário usar a coleira direto para repelir o mosquito, senão pode ser reinfectado.

Caso haja surtos de leishmaniose canina na cidade, é preciso falar com o médico veterinário e ficar atento aos sintomas.

Foto capa: beavera

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