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Vacina contra leishmaniose – meu totó deve tomar?

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Tempo de leitura: 3 minutos

Curiosamente, não é tão comum as pessoas ouvirem falar sobre a leishmaniose, doença muito perigosa para os cães e considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das seis principais doenças infecciosas. 

A leishmaniose canina acontece por meio da picada do mosquito flebotomíneos e, infelizmente, não tem cura. O totó que for infectado deverá fazer uma série de exames e, se a doença for identificada, o tratamento será para o resto da vida. 

A leishmaniose agride a saúde do animal e é uma doença zoonose. Mas atenção: o cachorro não é um transmissor e sim o mosquito. O cachorro é tão vítima quanto um humano infectado pelo “mosquito-palha”, como é popularmente conhecido. Por isso, a melhor prevenção contra essa doença é a vacina, único método de os totós ficarem protegidos. 

A importância da vacinação

A médica veterinária Vitoria Rocha explicou mais detalhes sobre a vacina. De acordo com ela, a vacinação contra a leishmaniose é indicada apenas para cães que residem ou viajam para regiões endêmicas (locais onde são registrados focos da doença) ou com casos relatados da doença. Mas, então, por que é tão importante o cachorro ser vacinado?

“Essa é uma doença potencialmente fatal e que até pouco tempo atrás não existia tratamento no Brasil, além de ser uma zoonose. Mesmo realizando o tratamento, o prognóstico é variável, portanto, a prevenção é o mais indicado”, explicou Vitoria. 

Quem adotou ou comprou um filhote deve levar a carteirinha de vacinação do bichinho e agendar todas as vacinações. De acordo com a veterinária, a vacina contra leishmaniose pode ser administrada a partir dos quatro meses de vida. 

“Tanto para os filhotes como para os adultos, é necessário que seja realizada a sorologia para Leishmaniose Visceral Canina, além de exame clínico. O cão sendo soronegativo, a vacina pode ser administrada. Como ainda não existem estudos realizados com cadelas gestantes, seu uso nessa fase não é recomendado.

“Essa vacina é dada em três doses, com intervalos de vinte e um dias entre as aplicações, e seu reforço é anual. Além da vacinação, também recomenda-se utilizar produtos que tenham ação repelente contra o inseto transmissor da doença (“mosquito-palha”), como coleiras ou pipetas”, detalhou a médica veterinária. 

Para escolher o melhor desparasitante, o tutor deve avaliar onde mora, cidade ou sítio, qual região e a durabilidade de cada item. A pipeta, por exemplo, dura menos tempo que a coleira. 

Sintomas da doença 

A leishmaniose apresenta sintomas graves no animal, mas há casos em que a doença fica incubada por um longo tempo no corpo do animal, sem manifestar qualquer reação, o que é preocupante, pois o animal infectado precisa urgentemente de tratamento e acompanhamento com um veterinário. 

Normalmente ela tem duas fases, a cutânea e a visceral. Na primeira, surgem descamações, feridas que podem levar à queda da ponta das orelhas, ponta do nariz e de outros membros. 

Já na visceral o totó pode apresentar falta de apetite, perda de peso, vômito, diarreia, hemorragias nasais, encefalites, insuficiência renal, entre outros sintomas. 

Efeitos colaterais 

Como foi dito anteriormente, a leishmaniose é uma doença invasiva e que agride muito o cachorro, por isso a prevenção é tão importante. Mesmo não sendo comum, o tutor deve ficar atento após o seu pet tomar a picadinha. Assim como a vacina em humanos, a dos totós também pode provocar alguns efeitos colaterais. 

“Assim como com qualquer vacina, os animais podem apresentar reações por conta de uma hipersensibilidade a compostos geralmente utilizados como adjuvantes. Essas reações geralmente são locais, têm curta duração e incluem edema (inchaço), alteração da cor da pelagem, queda de pelos, dor e/ou nódulo no local de aplicação. O aparecimento de alterações sistêmicas (como febre, vômito, diarreia e prostração) é mais raro, mas também pode ocorrer em animais mais sensíveis. O veterinário que aplicou a vacina deve ser informado de quaisquer reações adversas, para poder fazer o acompanhamento e tratamento sintomático, quando necessário”, concluiu a médica veterinária, Vitoria Rocha. 

Os totós devem ficar protegidos e imunizados contra todas as doenças, só depende de o tutor levá-lo ao veterinário. Seguir o calendário de vacinação é um passo importante para o totó viver saudável e feliz.

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