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Dia do vira-lata: esses cães são inferiores aos de raça?

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Tempo de leitura: 3 minutos

Além de discriminados, os cachorros sem raça definida (SRD) são frequentemente abandonados.

Dia 31 de julho é o dia do vira-lata, data importante para promover mais conscientização entre os tutores, além de adoções responsáveis.

Por falta de informação, muitas pessoas acreditam que o vira-lata é inferior por não ter pedigree, mas não sabem que o comportamento e a saúde do animal estão diretamente ligados ao tratamento e qualidade de vida que o tutor dispõe ao pet.

Para mudar a realidade de muitos cães sem raça definida (SRD) abandonados, antes é preciso conscientizar a sociedade a respeito do bem-estar animal, necessidades básicas e castração.

Foto: Canva

Primeiramente, toda adoção precisa de planejamento e responsabilidade. Algumas pessoas acreditam que por levar um cão vira-lata sem custar nada, podem cuidar de qualquer jeito.

Assim, muitos vira-latas não tem uma alimentação digna, ficam amarrados o dia inteiro e não são levados ao veterinário porque seus tutores creem que eles são resistentes e não ficam doentes.

As informações falsas afetam o bem-estar desses animais, que são vítimas de maus-tratos e abandono com frequência.

Foto: Anastasiia Soshenkova / iStock

Em um fórum na rede social “Reddit”, uma pessoa perguntou: “Eu não consigo entender. Um vira-lata é tão cachorro quanto um de raça. Eles são gentis, adoráveis ​​e saudáveis ​​(na verdade, muitas vezes mais) quanto os de raça pura. Isso é apenas por causa da aparência? Ou por causa da “raridade”?“, perguntou.

O questionamento gerou um debate entre os internautas, e um deles respondeu: “Os de raça são previsíveis. Eu sabia que tamanho meu cachorro teria na idade adulta, o quanto ele incomodaria minha alergia e qual seria o seu temperamento.“, disse.

Não é a raça que define o cachorro, mas sim o tutor que ele tem ao lado

Muitas pessoas compram uma determinada raça porque acreditam que ela irá se comportar da maneira padrão que a internet informou, e um vira-lata não teria essa capacidade.

Segundo a adestradora Dara Evelin, o que define se um cão terá comportamentos destrutivos ou reativos, não é a raça.

“O que importa é o ambiente em que o cão vive, e isso provém dos tutores. Se o tutor não educar e não suprir as necessidades do animal, pode ser um Pitbull, um Golden Retriever ou vira-lata, que ele terá problemas lá na frente”, falou.

Foto: Photoboyko / iStock

De acordo com Dara, se o tutor não ensinar o animal a como se comportar diante de cada situação, poderão surgir problemas de comportamento.

O vira-lata tem a mesma capacidade de aprendizado dos outros cães — e muitas vezes são até mais espertos.”, afirmou.

Nota 10 ao vira-lata caramelo!

A supervisora de Marketing Brenda Coelho, adotou recentemente uma cadelinha vira-lata e planejou a casa para a chegada da nova pet.

Brenda diz ser a favor da adoção dos vira-latas e contra a reprodução desenfreada dos cães para o comércio. Antes, ela teve um vira-lata em casa, o que a incentivou ainda mais a ter outro companheiro de quatro patas “SRD”.

“Se ela fosse branca, azul, amarela, tanto faz, eu ia amá-la de todo jeito”. Sua cadelinha, chamada Peach, foi abandonada e tirada das ruas recentemente.

Foto: Arquivo pessoal / Brenda Coelho

Brenda ressaltou sobre a negligência em adotar porque é de graça, mas não se dedicar ao bem-estar do animal.

A adoção é um compromisso que você está assumindo com uma vida. Não sabemos o que o cão passou, se tem algum trauma ou limitação. Toda adaptação é difícil e exige muito tempo para educar e ensinar as regras da casa”, disse.

“É muito lindo criar a conexão com um cãozinho e pensar que você salvou uma vida das ruas para dar uma vida de qualidade, cheia de amor. Sou super a favor da adoção. Os vira-latas são os melhores.” concluiu.

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