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Brasil é o 3º país com mais pets em casa – e 20M abandonados

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Tempo de leitura: 3 minutos

Apesar da crescente evolução da população com seus animais domésticos, o país recebeu nota D na edição 2020 do Índice de Proteção Animal.

Se há tantos pets dentro das residências, por que o número de cães abandonados continua crescendo? Fácil. Há uma falha no processo da adoção (i)responsável.

É notável a evolução do comportamento entre as pessoas com os animais. De melhores amigos, muitos pets passaram a ser considerados membros da família.

Há algumas décadas, os tutores não permitiam que o cachorro entrasse em casa. Hoje, vários dormem na cama com a família.

A matéria publicada pela revista Super Interessante, mostra que a consultoria alemã GFK, entrevistou 27 mil pessoas em 22 países, para descobrir em quais nações há mais bichos de estimação em casa:

  1. Argentina (​​82%);
  2. México (81%);
  3. Brasil (76%).

Contudo, o que mais chama a atenção é a porcentagem dos cães. 58% dos brasileiros têm cachorro em casa. Esses dados são extremamente satisfatórios, pois mostram a proximidade que o ser humano criou com os animais.

Porém, se a polarização de cães adotados – principalmente durante a pandemia – trouxe esperança, o número animais abandonados veio como um balde de água fria.

De acordo com a Ampara Animal, de 2020 até 2021, o índice do abandono aumentou, em média, 61%. Isso significa que as adoções desses cães foram feitas de forma irresponsável e sem planejamento.

Foto: Gilitukha/iStock by Getty Images

O abandono tira a qualidade de vida do animal e o deixa em situação vulnerável

Quem decide adotar um cão precisa estar ciente sobre o histórico de vida dele. Uma grande parcela dos cães abandonados fica com sequelas emocionais, como traumas, estresse, medo e ansiedade. Consequência dos maus-tratos e perigo constante vivenciado nas ruas.

Quem prefere comprar um cachorro também não está isento. É necessário pesquisar antes a raça, porte, personalidade e outras características do pet. Isso evita “surpresa” caso o cão cresça mais do que o esperado ou tenha muita energia para gastar.

Todos sabem que nenhum cão pede para ser adotado. Ele só ganha uma casa após o tutor o escolher. Sendo assim, quem adota tem obrigação de atender todas as necessidades básicas desse animal, além de proporcionar bem-estar.

Na teoria é bonito, mas infelizmente não andam aplicando na prática. Segundo os dados publicados no World Animal Protection, o Brasil recebeu nota D em um ranking que classifica os países de acordo com sua legislação e políticas de bem-estar animal

Enquanto países como Suécia, Reino Unido e Áustria foram classificados com nota alta, o Brasil regrediu na classificação.

Como mudar esse cenário?

Acima de tudo, a conscientização é a principal ferramenta para erradicar o abandono. A falta de preparação, entendimento e planejamento são as causas raízes.

O tutor quer viajar nas férias ou mudar de casa; o pet está com comportamento arisco ou destruindo objetos da casa, por exemplo. São situações que podem ser resolvidas, mas que muitas pessoas não sabem lidar.

Contudo, o tutor que está preparado para cuidar de um animal, entende suas obrigações e sente empatia por aquele ser dependente, tenta encontrar uma solução, jamais cogita o abandono.

Outras ações, além da conscientização, também podem interromper esse ciclo:

  • castração;
  • programa de incentivo à adoção;
  • levar a causa animal às escolas;
  • adoção responsável.

Compromisso x escolhas impulsivas

Ter um cão é adquirir responsabilidade por outra vida a longo prazo – no mínimo, por 12 anos. A chegada de um pet traz felicidade, amor e risadas. Mas também traz adaptações, mudanças, dedicação e gastos.

Geralmente o cão chora nos primeiros dias, faz necessidades no lugar errado, destrói objetos pessoais da família. E cabe ao tutor ensinar o que é certo e errado. A partir do primeiro dia do cão em casa, cria-se um compromisso com a vida daquele animal.

Escolhas impulsivas trazem arrependimentos, mas o cachorro não deve pagar por isso. Afinal, ele não pediu para estar ali. Sem punições, sem brigas, sem abandono. Tudo pode ser resolvido se houver planejamento, calma e estrutura.

A convivência precisa ser saudável para ambos. Por isso, é essencial refletir se realmente todos da casa estão prontos para receber um bichinho.

Foto / capa: Prostock-studio/Envato Elements

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