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Anestesia e castração – Veja os cuidados do pré e pós-operatório

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Tempo de leitura: 4 minutos

Recebemos diversos relatos de tutores que se afligem pelos seus pets quando o assunto é castração e anestesia. Quem não fica com o coração apertado ao saber que o bichinho estará em uma mesa cirúrgica?

Porém, a castração é extremamente importante para a saúde do animal e não deve ser deixada de lado pelos tutores. Ela previne diversas doenças graves, como tumores, e melhora o comportamento, tanto nos machos como nas fêmeas.

Nossa ONG sempre alerta para o risco que os totós não castrados correm. Se tiver dúvidas, leia o texto “Não faça o que eu fiz”. Lá tem uma lista completa de motivos com relatos reais para você castrar o seu totó.

https://totosdatete.org.br/aprendizado/nao-faca-o-que-eu-fiz/

Um dos maiores temores das mães e pais de pets, é a anestesia. Ela possui risco como qualquer outro medicamento, mas é necessária na hora do procedimento para a segurança do animal.

Conversamos com a médica veterinária, Marcella Eboli Vilhena, sobre o passo a passo do pré e pós-operatório e os tipos de anestesias.

Totós da Teté – Quais os cuidados necessários no pré-operatório da castração?

Veterinária – O veterinário deve conhecer o histórico do animal. Se ele tem alguma outra doença, se faz o uso contínuo de algum medicamento, a frequência com que ele toma e um check-up com exames de sangue e eletro, pois não operamos sem ter um check-up cardíaco.

Veja alguns dos exames:

  • Hemograma;
  • Função Renal;
  • Função Hepática;
  • Glicemia;
  • Eletrocardiograma.

Totós da Teté – E quais são os cuidados necessários no pós-operatório? Como o tutor pode cuidar corretamente do pet em casa?

Veterinária – É necessário fazer jejum. Normalmente pedimos um jejum alimentar entre 8 a 12 horas e hídrico (água) de 6 horas.

O tutor fica com pena de deixar seu bichinho em jejum, mas é importante frisar que se ele der a ração e a água, pode por em risco a vida do animal.

Na anestesia, o cachorro pode regurgitar e aspirar isso em seguida. Quando ele aspira, vai tudo para o pulmão. Por isso é muito importante respeitar as recomendações de jejum.

Totós da Teté – No caso da castração, sempre é utilizada a anestesia injetável ou também a inalatória? Qual a opção mais segura e duradoura?

Veterinária – Existem dois tipos de anestesia: a injetável, que normalmente não indicamos pois ela é para procedimentos com curta duração, como uma biópsia, e a inalatória – indicamos essa.

Ela é considerada a mais segura por termos o controle total do procedimento. O médico veterinário consegue acompanhar a profundidade da anestesia e a quantidade de anestésico que está sendo inalado diretamente pela sonda.

Caso tenha alguma intercorrência, conseguimos fazer uma ventilação mecânica no paciente com oxigênio, além do retorno anestésico ser mais rápido.

Totós da Teté – Quando o pet já estiver em casa, quais os cuidados que o tutor deve seguir para evitar problemas com a ferida?

Veterinária – É muito importante que o tutor evite que o pet fique subindo e descendo do sofá, da caminha, de escadas, porque isso pode mexer na ferida cirúrgica e abri-la. Também é importante que ele mantenha a ferida cirúrgica sempre limpa.

Cada veterinário segue um protocolo. Tem uns que solicitam que o tutor faça a limpeza uma vez ao dia, outros recomendam duas vezes. Essa instrução varia muito de veterinário, do animal e do ambiente em que ele vive.

Algumas observações que fazemos no caso das fêmeas, é utilizar a roupinha cirúrgica para não ter acesso a esses pontos de incisão, porque algumas podem comer os pontos e abrir de novo. Nos machos orientamos colocar o colar elizabetano, aquele capacete grande, para evitar que ele tenha acesso.

É importante que o veterinário converse com o tutor para saber se ele tem condições de fazer o curativo. Se ele não conseguir fazer o procedimento em casa, deverá combinar com o tutor que leve o pet até a clínica para analisar a ferida.

Lembrando que a decisão da escolha entre a roupinha cirúrgica e o colar elizabetano é do tutor. Veja se o animal é mais agitado ou calmo. Alguns não se adaptam nas opções, sentem incomodo. O mais importante é que qualquer um dos modelos optados seja usado, para que o pet não tenha acesso aos pontos, não coce ou lamba. O modelo irá proteger a região operada.

Totós da Teté – Como médica veterinária, o que diria para os tutores não temerem a anestesia e nem os outros procedimentos?

Veterinária – A segurança desse procedimento depende muito dos cuidados de como tudo é feito. Realizar o check-up, fazer todos os exames, respeitar o jejum e principalmente confiar no veterinário.

Busque um profissional que seja capacitado, tanto para fazer o procedimento anestésico quanto o cirúrgico.

Procure uma clínica veterinária que tenha um centro cirúrgico equipado, com infraestrutura e que obviamente seja manejado por veterinários com capacitação.

Quando você tem todos esses cuidados, minimiza os riscos anestésicos e quaisquer intercorrências, seja ela a castração ou outra cirurgia.

Quando chegar em casa

Provavelmente seu pet estará amuadinho por causa da anestesia, não estranhe. É normal ele querer ficar deitado ou sem apetite no primeiro momento.

Deixe uma caminha quentinha e um comedouro com água e ração próximo dele. Pergunte ao médico se precisará de um analgésico no caso do animal sentir dor na região quando passar o efeito da anestesia.

Não se esqueça de limpar corretamente o local. O mais importante é que ele receba muito carinho e cuidado. Castrar é um ato de amor!

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